domingo, 13 de outubro de 2024

 

eira, 16 set 2024 - 11h03
Por Maria Clara Machado
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Tempestade Boris causa inundações sem precedentes e 15 mortos na Europa Central

As fortes chuvas consideradas sem precedentes que atingiram vários países da Europa Central no fim de semana, já resultaram em graves inundações e 15 mortos até agora. O tempo severo foi desencadeado pela formação da tempestade Boris.

Países como Polônia, República Tcheca e Áustria foram profundamente afetadas pelas inundações no fim de semana. Crédito: divulgação via Threads @richtvx<BR>
Países como Polônia, República Tcheca e Áustria foram profundamente afetadas pelas inundações no fim de semana. Crédito: divulgação via Threads @richtvx

A Áustria, a República Tcheca, a Polônia e a Romênia foram os países afetados dramaticamente pela tempestade Boris e a Eslováquia e a Hungria deverão ser os próximos atingidos.

Segundo as autoridades, as inundações já causaram seis vítimas fatais na Romênia, cinco na Polônia, três na Áustria e uma na República Tcheca. A última vítima foi confirmada na região de Bruntal, quase na fronteira com a Polônia, nesta segunda-feira, dia 16.

Cerca de 100 cidades da República Tcheca estão sob alerta máximo de inundações por conta de transbordamentos dos rios, que atingiram níveis alarmantes. Milhares de pessoas precisaram ser evacuadas, algumas áreas com a ajuda do exército e mais de 60 mil famílias ficaram sem energia elétrica.

O rio Danúbio, o segundo maior da Europa, também transbordou em Viena, capital da Áustria, inundando diversas casas e forçando mais evacuações.

Europa Central vive inundações sem precedentes. Crédito: divulgação divulgação via Threads @richtvx
Europa Central vive inundações sem precedentes. Crédito: divulgação divulgação via Threads @richtvx

Graves inundações afetaram parte da Europa Central no fim de semana. Crédito: divulgação via Threads @richtvx
Graves inundações afetaram parte da Europa Central no fim de semana. Crédito: divulgação via Threads @richtvx

Viena, na Áustria, sofre com o transbordamento do rio Danúbio. Crédito: divulgação via Threads @ariananews.official
Viena, na Áustria, sofre com o transbordamento do rio Danúbio. Crédito: divulgação via Threads @ariananews.official

Atmosfera muito quente gerou o evento extremo
Segundo a meteorologia, temperaturas recordes já vistas em setembro em parte das Europa Central, após um verão também extraordinariamente quente e as

 águas aquecidas do Mediterrâneo e do Mar Negro, favoreceram as chuvas intensas e recordes.

Os especialistas consideram que a Europa Central está passando por um dos piores eventos de inundações da história moderna.

 

empestade Boris chega ao norte da Itália e inundações catastróficas se repetem

A tempestade Boris avançou para o norte da Itália, depois de ter causado 24 mortes nas piores inundações em duas décadas na Europa Central. O sistema de baixa pressão atmosférica atuou por seis países entre a Polônia e a Romênia desde a semana passada, antes de se dirigir para a Península italiana. O mau tempo multiplicou os salvamentos e mais de mil pessoas já saíram de casa.

Imagem aérea da província de Ravenna dia 19 de setembro. Crédito: divulgação Vigili del Fuoco
Imagem aérea da província de Ravenna dia 19 de setembro. Crédito: divulgação Vigili del Fuoco

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Emilia Romagna, Toscana e Marche são as áreas mais castigadas
O norte e o centro da Itália são agora os mais castigados pelas chuvas que não param há dois dias e já causaram inundações catastróficas nas mesmas áreas que sofreram com grandes enchentes há pouco mais de um ano, quando deixaram um saldo de 17 mortos.

As autoridades confirmam que mais de mil pessoas já tiveram que sair de casa com a subida das

 águas por causa da chegada da tempestade Boris na Itália.

Muitas localidades da região de Emilia-Romagna, no norte italiano, estão debaixo d’

 água por conta do transbordamento dos rios. A situação mais crítica ocorre na província de Ravenna.

O transporte de trens foi paralisado e as escolas fechadas nas cidades de Lugo e Faença. Helicópteros da força aérea italiana ajudam nos resgate e o Corpo de Bombeiros já realizou 500 salvamentos em 24 horas na região.

As inundações e deslizamentos de terra também atingem com gravidade as regiões vizinhas da Toscana e de Marche. Nesta última, mais de 300 bombeiros realizaram operações de resgate entre a quarta-feira e esta quinta-feira, dias 18 e 19.

Um bombeiro perdeu a vida durante trabalho de resgate devido às fortes chuvas na noite de ontem na área de Foggia, mais ao sul da Itália.

As imagens divulgadas pelo Corpo de Bombeiros da Itália (Vigili del Fuoco) dão a dimensão do impacto de Boris:

Bombeiros sobrevoam a região de Ravenna, no norte da Itália. Crédito: Vigili del Fuoco
Bombeiros sobrevoam a região de Ravenna, no norte da Itália. Crédito: Vigili del Fuoco

Tempestade Boris causa novas inundações na Itália. Crédito: Vigili del Fuoco
Tempestade Boris causa novas inundações na Itália. Crédito: Vigili del Fuoco

Helicópteros ajudam nos trabalhos de resgate em inundações no norte da Itália. Crédito: Vigili del Fuoco
Helicópteros ajudam nos trabalhos de resgate em inundações no norte da Itália. Crédito: Vigili del Fuoco

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Domingo, 29 set 2024 - 17h10
Por Maria Clara Machado
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Alertas severos do furacão Helene se confirmaram e número de mortos passa de 60

Todas as previsões mais severas em relação à chegada do furacão Helene à costa da Flórida, nos Estados Unidos, se confirmaram e os danos foram catastróficos. As autoridades elevaram o número de vítimas fatais, que já passou de 60 em cinco estados norte-americanos afetados pelo fenômeno.

Cenário devastador em Chimney Rock, Carolina do Norte, após o impacto de Helene. Crédito: divulgação via Threads @joshbensontv/Tariq Scott Bokhari
Cenário devastador em Chimney Rock, Carolina do Norte, após o impacto de Helene. Crédito: divulgação via Threads @joshbensontv/Tariq Scott Bokhari

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Cenário devastador
O furacão Helene tocou o solo pela região do Big Bend, na Flórida, extremamente forte, com rajadas de vento de 215 km/h na noite da quinta-feira, dia 26.

Àqueles que não seguiram os alertas de evacuação das áreas costeiras ficaram em apuros e alto risco. As inundações foram violentas e arrastaram veículos e moradias, deixando um cenário de completa destruição com danos generalizados por onde o furacão passou.

Helene avançou potente pelo interior do continente
Já rebaixada como tempestade tropical, Helene também causou graves inundações na Carolina do Sul e na Carolina do Norte. O Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) de Greenville-Spartanburg, classificou como o pior evento da história da região com forte impacto e devastação.

Imagem de satélite mostra o furacão Helene ainda ganhando força sobre o Golfo do México no dia 25. Crédito: Earthobservatory/NASA
Imagem de satélite mostra o furacão Helene ainda ganhando força sobre o Golfo do México no dia 25. Crédito: Earthobservatory/NASA

O número de mortos chegou a 40 na Flórida na manhã do sábado e estava em 64 nos estados da Flórida, Geórgia, Virgínia, Carolina do Sul e Carolina do Norte neste domingo, de acordo com as últimas atualizações das autoridades.

Além da subida perigosa das

 águas, a queda de árvores e tornados também fizeram vítimas.

O trajeto de Helene deixou vários estados do leste dos Estados Unidos sem energia elétrica e cerca de 3 milhões de clientes ficaram sem luz durante o fim de semana, pelo PowerOutage.us.

Flagrante de uma casa levada inteira pelas inundações em Asheville, na Carolina do Norte. Crédito: divulgação via Threads @joshbensontv
Flagrante de uma casa levada inteira pelas inundações em Asheville, na Carolina do Norte. Crédito: divulgação via Threads @joshbensontv

Água do mar muito quente impulsionou Helene
Helene começou a se desenvolver no Caribe, entre Cuba e a Península de Yucatán, onde também provocou inundações e foi alimentada todo o tempo por águas extremamente quentes, um dos principais fatores para impulsionar os furacões.

Quando a primeira perturbação surgiu nessa região, os especialistas já observaram que algo intenso poderia se desenvolver. Isto porque, já havia sinais preocupantes na temperatura do oceano entre o Mar do Caribe e o Golfo do México.

Dados da temperatura da superfície do mar, juntamente a observações de satélite em meados de setembro, mostraram uma

 água do oceano muito mais quente do que o normal se estendendo para o norte do Mar do Caribe em direção a região do Panhandle da Flórida, no Golfo do México, sustentada por correntes específicas da região.

Mapa mostra temperaturas da superfície do mar extremamente elevadas em 23 de setembro. Crédito: NASA
Mapa mostra temperaturas da superfície do mar extremamente elevadas em 23 de setembro. Crédito: NASA

Os especialistas chamaram a atenção para o cenário muito perigoso com alto estoque de energia para alimentar os furacões.

Segundo dados da NOAA e da NASA, a temperatura das águas superficiais estavam acima de 27,8 °C em 23 de setembro na região e chegou a 31°C na maior parte do caminho por onde Helene passou sobre o Golfo do México.

O furacão Helene, o mais severo em intensidade e danos desta temporada do Atlântico Norte até o momento, é a décima tempestade a ser nomeada e o quinto furacão a se formar.

 

Terça-feira, 1 out 2024 - 10h05
Por Maria Clara Machado
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Chuvas de monções arrasadoras deixam 200 mortos e resgates continuam no Nepal

As chuvas de monções arrasadoras, que resultaram em enchentes e deslizamentos catastróficos na região de Katmandu, no Nepal, deixaram pelo menos 200 mortos e 127 desaparecidos, segundo o último balanço do Ministério do Interior atualizado na segunda-feira. Ainda há dezenas de desaparecidos.

Força Policial Armada do Nepal em trabalho de resgate, após chuvas torrenciais. Crédito: divulgação facebook.com/armedpoliceforcenepal
Força Policial Armada do Nepal em trabalho de resgate, após chuvas torrenciais. Crédito: divulgação facebook.com/armedpoliceforcenepal

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As equipes de resgate do país continuam em busca de desaparecidos soterrados sob muita lama e escombros, onde bairros inteiros sofreram danos generalizados. O sul da capital Katmandu e cidades próximas foram as mais castigadas pelas chuvas na região do Himalaia.

Os trabalhos enfrentados pela Força Policial do Nepal são difíceis pela amplitude do desastre:

Resgates prosseguem em meio a muita lama em Katmandu. Crédito: divulgação facebook.com/armedpoliceforcenepal
Resgates prosseguem em meio a muita lama em Katmandu. Crédito: divulgação facebook.com/armedpoliceforcenepal

Crédito: divulgação facebook.com/armedpoliceforcenepal
Crédito: divulgação facebook.com/armedpoliceforcenepal

Crédito: divulgação facebook.com/armedpoliceforcenepal
Crédito: divulgação facebook.com/armedpoliceforcenepal

Moradores são retirados de casa, após inundações no Nepal durante o fim de semana. Crédito: divulgação facebook.com/armedpoliceforcenepal
Moradores são retirados de casa, após inundações no Nepal durante o fim de semana. Crédito: divulgação facebook.com/armedpoliceforcenepal

As informações da imprensa internacional são de que os deslizamentos de terra também bloquearam rodovias, soterrando veículos. Centenas de casas e linhas de energia foram destruídas pelas chuvas volumosas do fim de semana.

Monções recordes
As chuvas de monções são como as “chuvas de verão”, fortes, constantes e caracterizadas pelo alto volume acumulado. Costumam ocorrer no sudeste da Ásia normalmente entre junho e setembro e são responsáveis por inundações severas e graves deslizamentos de terra.

A meteorologia do Nepal destacou que o volume de chuva registrado na região neste evento foi o maior desde 1970.

Região em Katmandu tomada por inundações durante o fim de semana. Crédito: Crédito: divulgação facebook.com/armedpoliceforcenepal
Região em Katmandu tomada por inundações durante o fim de semana. Crédito: Crédito: divulgação facebook.com/armedpoliceforcenepal

Os cientistas confirmam que eventos do clima extremo estão ainda mais severos e frequentes em razão das mudanças climáticas. Estudos mostram que o sul da Ásia está entre as partes do globo mais vulneráveis à crise climática.

 

Temporais intensos no RS causam danos em 48 municípios e 6 estão em emergência

Os temporais volumosos voltaram a atingir o Rio Grande do Sul e já deixaram mais de 900 pessoas fora de casa. Dezenas de cidades voltaram a sofrer com os alagamentos e as inundações nos últimos dias, inclusive as mesmas áreas impactadas pela tragédia das chuvas históricas de abril.

Pelotas volta a ter áreas alagadas depois de fortes chuvas esta semana. Crédito: divulgação via Threads @isllaketlin
Pelotas volta a ter áreas alagadas depois de fortes chuvas esta semana. Crédito: divulgação via Threads @isllaketlin

Segundo o balanço da Defesa Civil estadual atualizado, a chuva intensa acompanhada de ventos fortes e muito granizo desta semana, provocaram alagamentos e destelhamentos em 48 municípios, dos quais 6 decretaram situação de emergência, afetando 29 mil pessoas especialmente no centro-sul do Rio Grande do Sul.

Cidades como Camaquã e São Lourenço do Sul, no sul do estado, registraram acumulados equivalentes a todo o mês de setembro. Apenas em Camaquã, mil casas foram destelhadas e 700 pessoas estão entre desabrigados e desalojados. O volume de chuva ultrapassou 180 mm nos dois municípios em 24 horas, ultrapassando a média do mês, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

Em Pelotas, a chuva de um dia acumulou cerca de 200 mm e o município voltou a ter áreas alagadas. Muitas famílias precisaram sair de casa sob risco de ruptura de duas barragens no bairro Passo do Salto.

Em Dom Pedrito, o rio Santa Maria passou de 6 metros e o transbordamento resultou em alagamentos. Assim como ocorreram transbordamentos de rios e riachos em Rio Grande e Santa Cruz do Sul.

Porto Alegre voltou a sofrer com ruas alagadas em diferentes pontos.

Região do Gasômetro em Porto Alegre alagada na quarta-feira. Crédito: divulgação via Threads @eduardopaganella
Região do Gasômetro em Porto Alegre alagada na quarta-feira. Crédito: divulgação via Threads @eduardopaganella

Camaquã, D. Pedrito, Pelotas, Rio Grande, Santa Cruz do Sul e Porto Alegre são as cidades com decreto de situação de emergência.

O granizo foi registrado em muitas cidades e assustou pela intensidade e tamanho. Moradores do interior gaúcho registraram pedras de até 9 cm. Em Piratinini, as bolas de gelo chegaram a ter 6 cm:

Granizo registrado em Piratinini, no interior gaúcho. Crédito: divulgação via Threads @gauchomilgrau
Granizo registrado em Piratinini, no interior gaúcho. Crédito: divulgação via Threads @gauchomilgrau

Pedras de granizo assustaram pelo tamanho e quantidade esta semana no RS. Crédito: divulgação redes sociais
Pedras de granizo assustaram pelo tamanho e quantidade esta semana no RS. Crédito: divulgação redes sociais

Situação se agravou também na fronteira com o Uruguai
O município de Jaguarão, localizado na fronteira com o Uruguai, também sofreu com pedras grandes de granizo, que danificaram mais de três mil moradias.

As chuvas excessivas do começo da semana também provocaram a cheia do Rio Jaguarão, que atingiu a cota de inundação na madrugada da quarta-feira, e famílias ribeirinhas precisaram ser removidas.

Cerca de 12 mil são afetadas e o município é mais um a decretar situação de emergência.

 

Taiwan continua sentindo os efeitos intensos do tufão Krathon e já reporta vítimas

O poderoso tufão Krathon que se intensificou entre as Filipinas e Taiwan esta semana, impactou o sul da ilha com ventos de 160 km/h durante a madrugada desta quinta-feira, hora local. Quase 3 milhões de pessoas receberam avisos antecipados para procurar abrigos diante da chegada iminente do tufão.

Danos no distrito de Gushan, no leste de Taiwan, provocados por ventos fortes do tufão Krathon. Crédito: divulgação via Instagram @pyroimage2024
Danos no distrito de Gushan, no leste de Taiwan, provocados por ventos fortes do tufão Krathon. Crédito: divulgação via Instagram @pyroimage2024

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As últimas 24 horas foram de ventos fortes e chuvas torrenciais, que já resultaram em duas vítimas fatais e pelo menos 100 feridos, além de dois desaparecidos, segundo balanço inicial das autoridades de Taiwan.

Principalmente o sul e o leste da ilha tiveram queda de árvores e inundações e quase 10 mil pessoas foram evacuadas. Todas as escolas e empresas dos 22 condados de Taiwan foram fechadas e centenas de voos cancelados no aeroporto internacional entre a quarta-feira e esta quinta-feira.

Ventos chegaram a 160 km/h em Taiwan com a aproximação do tufão Krathon. Crédito: divulgação via Instagram @pyroimage2024
Ventos chegaram a 160 km/h em Taiwan com a aproximação do tufão Krathon. Crédito: divulgação via Instagram @pyroimage2024

Ventos intensos derrubaram árvores e provocaram danos em Gushan. Crédito: divulgação via Instagram @pyroimage2024
Ventos intensos derrubaram árvores e provocaram danos em Gushan. Crédito: divulgação via Instagram @pyroimage2024

De acordo com o departamento meteorológico de Taiwan, a intensidade de Krathon diminuiu ligeiramente, mas a ilha continua em alerta máximo. Krathon começa a avançar lentamente pelo interior e os avisos meteorológicos estão ativos até o fim de semana.

O Joint Typhoon Warning Center (JTWC) prevê ventos fortes de até 120 km/h no decorrer do dia, diminuindo para 74 km/h amanhã, num raio de 180 km da tempestade.

Trajeto estimado para Krathon nos próximos dias. Crédito: JTWC
Trajeto estimado para Krathon nos próximos dias. Crédito: JTWC

Nas Filipinas, o tufão Krathon afetou cerca de 70 mil pessoas no norte do arquipélago na última terça-feira. O tufão também provocou enchentes, destruição e duas mortes.

Imagem de satélite do dia 2 de outubro mostra o centro do tufão Krathon entre as Filipinas e Taiwan. Crédito: CSU/CIRA
Imagem de satélite do dia 2 de outubro mostra o centro do tufão Krathon entre as Filipinas e Taiwan. Crédito: CSU/CIRA

 exta-feira, 4 out 2024 - 10h35

Por Maria Clara Machado
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Neve na África do Sul não é fenômeno inédito, mas este evento foi surpreendente

O episódio de uma grande nevasca ocorrida entre as regiões de Joanesburgo e Durban, na África do Sul, que marcou o final do inverno de 2024, surpreendeu os moradores e os meteorologistas. O evento foi considerado raro principalmente pela intensidade do fenômeno.

Rodovia entre Joanesburgo e Durban tomada pela neve no final do inverno. Crédito: divulgação via Instagram @quentuchasoficial
Rodovia entre Joanesburgo e Durban tomada pela neve no final do inverno. Crédito: divulgação via Instagram @quentuchasoficial

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O evento extremo de 21 de setembro já entrou para a história pela quantidade excepcional de neve observada. A nevasca deixou diversos veículos presos em rodovias na costa leste e os motoristas tiveram que dormir nos carros e caminhões até a situação melhorar. A neve também cobriu amplas áreas de terra agrícolas.

Nas redes sociais, motoristas compartilharam imagens da intensa nevasca que atolou os veículos em rodovia da região:

Muita neve se acumulou no final do inverno, surpreendendo os motoristas em estrada na África do Sul. Crédito: divulgação via Instagram @quentuchasoficial
Muita neve se acumulou no final do inverno, surpreendendo os motoristas em estrada na África do Sul. Crédito: divulgação via Instagram @quentuchasoficial

Nevasca intensa registrada em 21 de setembro na África do Sul. Crédito: divulgação via Instagram @quentuchasoficial
Nevasca intensa registrada em 21 de setembro na África do Sul. Crédito: divulgação via Instagram @quentuchasoficial

Neve tardia chama a atenção
Apesar do evento extremo, essa não é uma situação inédita e a neve já ocorreu em outros invernos na África do Sul.

O que chamou a atenção dos meteorologistas foi o evento tardio, no último dia do inverno, e a quantidade de precipitação. A combinação de uma frente fria e de uma massa de ar gelado, com temperaturas abaixo do normal, impulsionou o evento extremo.

No inverno de 2023, a cidade de Joanesburgo registrou um evento de neve em 10 de julho, algo que não acontecia há mais de uma década na cidade. O clima gelado e as temperaturas baixas também marcaram o mês na região.

De acordo com a meteorologia da África do Sul, Joanesburgo não registrava neve desde 2012 e 2007.

 

Sexta-feira, 4 out 2024 - 13h34
Por Maria Clara Machado
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Rio Negro enfrenta a pior seca da história em Manaus pelo segundo ano consecutivo

O Rio Negro caiu mais e atingiu o nível mínimo histórico de 12,66 m no Porto de Manaus, na medição da manhã desta sexta-feira, dia 4, pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). É o pior nível em 122 anos e reflete a seca extrema de alta gravidade que o Amazonas vem enfrentando pelo segundo ano consecutivo.

Estiagem registrada na comunidade Nossa Senhora de Fátima, no Rio Tarumã Açu afluente do Rio Negro. Crédito: Clóvis Miranda/Fotos Públicas
Estiagem registrada na comunidade Nossa Senhora de Fátima, no Rio Tarumã Açu afluente do Rio Negro. Crédito: Clóvis Miranda/Fotos Públicas


Seca recorde desde 1902
O gráfico de medições do Serviço Geológico do Brasil mostra que o nível do Rio Negro, em Manaus, começou a cair em meados de julho numa curva ascendente.

Gráfico mostra queda acentuada do nível do rio Negro nos últimos meses. Crédito: SGB
Gráfico mostra queda acentuada do nível do rio Negro nos últimos meses. Crédito: SGB

A situação só piorou a partir de setembro, quando o nível do rio caiu para o limite de seca em 17 de setembro, depois para o limite de seca extrema em 25 de setembro e atingiu rapidamente o patamar de nível mínimo histórico em 4 de outubro.

Diante da queda acelerada das

 águas, a capital Manaus vive a pior seca da história pelo segundo ano consecutivo. Além disso, o recorde de menor nível histórico foi atingido 22 dias antes do recorde anterior de 12,70 m registrado em 26 de outubro de 2023.

No começo de outubro do ano passado, o nível do rio Negro estava em 15,14 metros no Porto de Manaus, quase dois metros e meio a mais, no que está neste começo de outubro de 2024.

O rio Negro é um dos principais afluentes do Amazonas e banha as margens de Manaus, que está em situação de emergência por causa da seca.

Além da capital, 61 municípios do estado seguem em situação de emergência devido à seca e todas as calhas de rios enfrentam níveis críticos. Mais de 560 mil pessoas estão sendo afetadas, segundo levantamento da Defesa Civil.

O problema dos rios secos traz vários impactos, começando pelo isolamento de comunidades ribeirinhas, que dependem do transporte fluvial para se deslocar e para a chegada de mercadorias essenciais. A crise também se agrava ameaçando os peixes e os botos da Amazônia, além de diversas outras espécies da região.

Comunidades ribeirinhas enfrentam muitas dificuldades com os rios secos. Região de Nossa Senhora de Fátima, afluente do Rio Negro, AM. Crédito: Clóvis Miranda/Fotos Públicas
Comunidades ribeirinhas enfrentam muitas dificuldades com os rios secos. Região de Nossa Senhora de Fátima, afluente do Rio Negro, AM. Crédito: Clóvis Miranda/Fotos Públicas

As projeções do SGB são que o Negro possa baixar mais e registrar novas mínimas, batendo mais recordes negativos nos próximos dias, isto porque, a estimativa de chuvas na região continua baixa.

Outras estações monitoradas pelo SGB indicaram cotas negativas e baixas históricas preocupantes nos rios Solimões, Madeira, Purus e no Amazonas.

Seca na comunidade Nossa Senhora de Fátima no Rio Tarumã Açu, afluente do Rio Negro, observada em setembro. Crédito: Clóvis Miranda/Fotos Públicas
Seca na comunidade Nossa Senhora de Fátima no Rio Tarumã Açu, afluente do Rio Negro, observada em setembro. Crédito: Clóvis Miranda/Fotos Públicas