segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

 

Por O Globo — Rio de Janeiro

a manhã do dia 26 de dezembro de 2004, a terra tremeu de forma violenta debaixo do Oceano Índico, a 160 quilômetros oeste da ilha de Sumatra, na Indonésia, no Sudeste Asiático. A tragédia natural classificada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a pior da história já registrada completou 20 anos na quinta-feira.

Os tremores geraram um terremoto no leito marítimo que deram origem a ondas de até 30 metros que varreram a costa de 14 países na Ásia. O deslocamento das placas gerou um terremoto de 9,1 graus de magnitude. Pelo menos 227 mil pessoas morreram e paisagens se alteraram para sempre.

O fenômeno liberou energia equivalente a cerca de 1500 bombas atômicas como a que foi jogada pelos EUA sobre Hiroshima, no Japão, em 1945. A mudança de massa e a descarga de energia afetaram até o movimento de rotação da Terra.

Quando o tsunami atingiu a ilha de Sumatra, menos de 30 minutos após o terremoto, pegou toda a população de surpresa. A província de Aceh foi duramente castigada. As ondas destruíram casas, prédios, barcos, hotéis, vegetação e tudo mais que havia na região. Os danos causados deixaram um prejuízo de mais de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 61 bilhões na cotação atual), de acordo com o governo da Indonésia. Mais de 170 mil pessoas morreram naquela manhã de domingo no norte de Sumatra.

As ondas do tsunami também causaram destruição na Tailândia e na Malásia, a leste do epicentro. Ao norte, a força do mar atingiu Myanmar e de Bangladesh. A noroeste do tremor, afetou o território da Índia, e a oeste, o Sri Lanka e as ilhas Maldivas.

A Sri Lanka foi o segundo país com o maior número de mortes causadas pela tragédia. De acordo com estimativas locais, mais de 35 mil pessoas perderam a vida quando o mar avançou sobre cidades e vilas inteiras no litoral. Na Índia, algo em torno de 16 mil foram mortos.

O terremoto causou enorme impacto ambiental. Danos graves foram observados em ecossistemas como manguezais, recifes, florestas e pântanos costeiros. A biodiversidade animal e vegetal também sofreu perdas. A disseminação de resíduos, produtos químicos industriais e água poluída foram um outro fator de prejuízo ambiental, assim como a destruição de estações de tratamento de água. Mas o principal efeito foi causado pelo envenenamento das fontes de água doce e do solo, com a infiltração de água salgada e pelo depósito de uma camada de sal sobre as terras aráveis.

Homem filma primeiras ondas da tragédia

Em meados de fevereiro de 2024, uma pessoa chamada Julián Hadden viralizou um vídeo no YouTube sobre uma praia tailandesa onde, em 2004, um tsunami causou um grande número de mortos e desaparecidos. A gravação do filme ocorreu poucos minutos antes da catástrofe que deixou centenas de habitantes sem casa e sem comunicação em consequência desta catástrofe natural.

Este pequeno vídeo mostrava Julián caminhando pela praia chamada Koh Ngai, localizada na Tailândia, sem saber o que aconteceria uma hora depois no local. Apesar disso, o presságio fez-se sentir quando a câmara focou o mar e as ondas ficaram cada vez mais agressivas e perigosas, a ponto de ultrapassarem o limite da costa e obrigarem os presentes a retirarem os seus pertences para não caírem.

Com a ideia de curtir férias em um dos pontos turísticos mais conhecidos do continente asiático, o protagonista deste vídeo e seu amigo nunca souberam que, horas antes daquele momento, um terremoto de magnitude 9,1 havia explodido sob o oceano em 8 da manhã. Horas depois, as consequências foram sentidas: durante 10 minutos, a água tomou conta do cenário e liberou tanta energia que poderia ser comparada a uma bomba atômica.

 

Fenômeno irá se prolongar até 1° de janeiro, afetando gradualmente diferentes zonas litorâneas dos países da região

Por AFP — Lima

RESUMO

Ondas de até quatro metros atingem as costas do Peru e do Equador, um evento que já provocou o fechamento da maior parte dos portos no país e a morte de uma pessoa na cidade equatoriana de Manta, de acordo com as autoridades. 

"O Corpo de Bombeiros de Manta informou que, às 6h (horário local), foi encontrado sem vida o corpo de uma pessoa desaparecida no setor de Barbasquillo", escreveu em sua conta no X a Secretaria Nacional de Gestão de Riscos, que também ordenou o fechamento preventivo das praias dessa cidade, no sudoeste do Equador.

 



Ondas intensas atingem costas do Peru e do Equador

Eventos ocasionaram fechamento de portos na costa do Pacífico, a morte de uma pessoa no Equador e danos a moradores e pescadores

No Peru, fenômeno começou em 25 de dezembro e deverá afetar zonas do litoral norte, centro e sul do país (AFP/AFP Photo)

No Peru, fenômeno começou em 25 de dezembro e deverá afetar zonas do litoral norte, centro e sul do país

Agência de notícias

Publicado em 29 de dezembro de 2024 às 10h57.


Ondas de até quatro metros atingiram no sábado (28) as costas do Peru e do Equador e causaram o fechamento da maioria dos portos peruanos no oceano Pacífico, a morte de uma pessoa na cidade equatoriana de Manta e danos a pescadores e moradores da região, relataram as autoridades. 

O fenômeno afetou dezenas de embarcações de pesca artesanal e comércios próximos à costa peruana. Também fez com que os ribeirinhos fugissem das inundações de calçadões e praças, segundo imagens veiculadas na mídia e nas redes sociais peruanas.

 

 

 

 

Fenômeno, segundo aviso divulgado nesta sexta-feira, irá prolongar-se até 1° de janeiro, afetando gradualmente diferentes zonas do litoral peruano

Por AFP — Lima

Peru fecha 30 portos devido a fortes ondas que atingem sua costa

RESUMO

  Peru fechou nesta sexta-feira 30 dos seus 121 portos devido às fortes ondas que atingiram a costa norte e central do país e causaram danos materiais a pequenos barcos de pesca artesanal e empresas, informou a Marinha.

“Temos vários portos fechados na costa norte e central do Peru devido às fortes ondas vindas do hemisfério norte”, disse o capitão da Marinha Enrique Varea ao canal de televisão N. “Essa ondulação vai aumentar até três vezes a altura das ondas em algumas praias”, acrescentou Varea.

A decisão foi tomada pela Diretoria de Capitania e Guarda Costeira da Marinha. Dos 121 portos ao longo de toda a costa peruana, banhados pelo Oceano Pacífico, 91 localizados no litoral norte e sul permanecem abertos.

A forte ondulação (com ondas de três metros) atinge enseadas e desembarques costeiros nas regiões de Tumbes e Piura, na fronteira com o Equador.

Alguns barcos de pesca artesanal e comércios próximos ao mar foram afetados, segundo imagens divulgadas na televisão e nas redes sociais. A Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Peru alertou sobre a presença de ondas anômalas de intensidades que variam entre leves e fortes ao longo da costa peruana. 

ste fenômeno, segundo o aviso divulgado nesta sexta-feira pela instituição, irá prolongar-se até 1 de janeiro, afetando gradualmente diferentes zonas do litoral norte, centro e sul do país.