segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

 

Por O Globo — Rio de Janeiro

a manhã do dia 26 de dezembro de 2004, a terra tremeu de forma violenta debaixo do Oceano Índico, a 160 quilômetros oeste da ilha de Sumatra, na Indonésia, no Sudeste Asiático. A tragédia natural classificada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a pior da história já registrada completou 20 anos na quinta-feira.

Os tremores geraram um terremoto no leito marítimo que deram origem a ondas de até 30 metros que varreram a costa de 14 países na Ásia. O deslocamento das placas gerou um terremoto de 9,1 graus de magnitude. Pelo menos 227 mil pessoas morreram e paisagens se alteraram para sempre.

O fenômeno liberou energia equivalente a cerca de 1500 bombas atômicas como a que foi jogada pelos EUA sobre Hiroshima, no Japão, em 1945. A mudança de massa e a descarga de energia afetaram até o movimento de rotação da Terra.

Quando o tsunami atingiu a ilha de Sumatra, menos de 30 minutos após o terremoto, pegou toda a população de surpresa. A província de Aceh foi duramente castigada. As ondas destruíram casas, prédios, barcos, hotéis, vegetação e tudo mais que havia na região. Os danos causados deixaram um prejuízo de mais de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 61 bilhões na cotação atual), de acordo com o governo da Indonésia. Mais de 170 mil pessoas morreram naquela manhã de domingo no norte de Sumatra.

As ondas do tsunami também causaram destruição na Tailândia e na Malásia, a leste do epicentro. Ao norte, a força do mar atingiu Myanmar e de Bangladesh. A noroeste do tremor, afetou o território da Índia, e a oeste, o Sri Lanka e as ilhas Maldivas.

A Sri Lanka foi o segundo país com o maior número de mortes causadas pela tragédia. De acordo com estimativas locais, mais de 35 mil pessoas perderam a vida quando o mar avançou sobre cidades e vilas inteiras no litoral. Na Índia, algo em torno de 16 mil foram mortos.

O terremoto causou enorme impacto ambiental. Danos graves foram observados em ecossistemas como manguezais, recifes, florestas e pântanos costeiros. A biodiversidade animal e vegetal também sofreu perdas. A disseminação de resíduos, produtos químicos industriais e água poluída foram um outro fator de prejuízo ambiental, assim como a destruição de estações de tratamento de água. Mas o principal efeito foi causado pelo envenenamento das fontes de água doce e do solo, com a infiltração de água salgada e pelo depósito de uma camada de sal sobre as terras aráveis.

Homem filma primeiras ondas da tragédia

Em meados de fevereiro de 2024, uma pessoa chamada Julián Hadden viralizou um vídeo no YouTube sobre uma praia tailandesa onde, em 2004, um tsunami causou um grande número de mortos e desaparecidos. A gravação do filme ocorreu poucos minutos antes da catástrofe que deixou centenas de habitantes sem casa e sem comunicação em consequência desta catástrofe natural.

Este pequeno vídeo mostrava Julián caminhando pela praia chamada Koh Ngai, localizada na Tailândia, sem saber o que aconteceria uma hora depois no local. Apesar disso, o presságio fez-se sentir quando a câmara focou o mar e as ondas ficaram cada vez mais agressivas e perigosas, a ponto de ultrapassarem o limite da costa e obrigarem os presentes a retirarem os seus pertences para não caírem.

Com a ideia de curtir férias em um dos pontos turísticos mais conhecidos do continente asiático, o protagonista deste vídeo e seu amigo nunca souberam que, horas antes daquele momento, um terremoto de magnitude 9,1 havia explodido sob o oceano em 8 da manhã. Horas depois, as consequências foram sentidas: durante 10 minutos, a água tomou conta do cenário e liberou tanta energia que poderia ser comparada a uma bomba atômica.

 

Fenômeno irá se prolongar até 1° de janeiro, afetando gradualmente diferentes zonas litorâneas dos países da região

Por AFP — Lima

RESUMO

Ondas de até quatro metros atingem as costas do Peru e do Equador, um evento que já provocou o fechamento da maior parte dos portos no país e a morte de uma pessoa na cidade equatoriana de Manta, de acordo com as autoridades. 

"O Corpo de Bombeiros de Manta informou que, às 6h (horário local), foi encontrado sem vida o corpo de uma pessoa desaparecida no setor de Barbasquillo", escreveu em sua conta no X a Secretaria Nacional de Gestão de Riscos, que também ordenou o fechamento preventivo das praias dessa cidade, no sudoeste do Equador.

 



Ondas intensas atingem costas do Peru e do Equador

Eventos ocasionaram fechamento de portos na costa do Pacífico, a morte de uma pessoa no Equador e danos a moradores e pescadores

No Peru, fenômeno começou em 25 de dezembro e deverá afetar zonas do litoral norte, centro e sul do país (AFP/AFP Photo)

No Peru, fenômeno começou em 25 de dezembro e deverá afetar zonas do litoral norte, centro e sul do país

Agência de notícias

Publicado em 29 de dezembro de 2024 às 10h57.


Ondas de até quatro metros atingiram no sábado (28) as costas do Peru e do Equador e causaram o fechamento da maioria dos portos peruanos no oceano Pacífico, a morte de uma pessoa na cidade equatoriana de Manta e danos a pescadores e moradores da região, relataram as autoridades. 

O fenômeno afetou dezenas de embarcações de pesca artesanal e comércios próximos à costa peruana. Também fez com que os ribeirinhos fugissem das inundações de calçadões e praças, segundo imagens veiculadas na mídia e nas redes sociais peruanas.

 

 

 

 

Fenômeno, segundo aviso divulgado nesta sexta-feira, irá prolongar-se até 1° de janeiro, afetando gradualmente diferentes zonas do litoral peruano

Por AFP — Lima

Peru fecha 30 portos devido a fortes ondas que atingem sua costa

RESUMO

  Peru fechou nesta sexta-feira 30 dos seus 121 portos devido às fortes ondas que atingiram a costa norte e central do país e causaram danos materiais a pequenos barcos de pesca artesanal e empresas, informou a Marinha.

“Temos vários portos fechados na costa norte e central do Peru devido às fortes ondas vindas do hemisfério norte”, disse o capitão da Marinha Enrique Varea ao canal de televisão N. “Essa ondulação vai aumentar até três vezes a altura das ondas em algumas praias”, acrescentou Varea.

A decisão foi tomada pela Diretoria de Capitania e Guarda Costeira da Marinha. Dos 121 portos ao longo de toda a costa peruana, banhados pelo Oceano Pacífico, 91 localizados no litoral norte e sul permanecem abertos.

A forte ondulação (com ondas de três metros) atinge enseadas e desembarques costeiros nas regiões de Tumbes e Piura, na fronteira com o Equador.

Alguns barcos de pesca artesanal e comércios próximos ao mar foram afetados, segundo imagens divulgadas na televisão e nas redes sociais. A Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Peru alertou sobre a presença de ondas anômalas de intensidades que variam entre leves e fortes ao longo da costa peruana. 

ste fenômeno, segundo o aviso divulgado nesta sexta-feira pela instituição, irá prolongar-se até 1 de janeiro, afetando gradualmente diferentes zonas do litoral norte, centro e sul do país.

 

 

 

terça-feira, 5 de novembro de 2024

 

Segunda-feira, 30 set 2024 - 11h07
Por Maria Clara Machado
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Taiwan se prepara para a chegada do poderoso tufão Krathon de categoria 4

Os ventos do poderoso tufão Krathon estão em 216 km/h com rajadas mais altas, enquanto segue rumo ao sul de Taiwan nesta segunda-feira, dia 30. A ilha será atingida diretamente pelo tufão e a semana é de alerta máximo. Krathon já passou por ilhas das Filipinas também com ventos arrasadores.

Imagem de satélite mostra o tufão Krathon entre o norte das Filipinas e o sul de Taiwan dia 30 de setembro. Crédito: JTWC/SATOPS
Imagem de satélite mostra o tufão Krathon entre o norte das Filipinas e o sul de Taiwan dia 30 de setembro. Crédito: JTWC/SATOPS

Krathon está na categoria 4 de ventos
O Joint Typhoon Warning Center (JTWC) prevê que Krathon deve se manter intenso com ventos sustentados acima de 200 km/h ao longo desta segunda-feira e na terça-feira, quando está previsto para tocar o solo de Taiwan, na altura da cidade populosa de Kaohsiung.
Com essa intensidade de ventos, Krathon é equivalente a um furacão de categoria 4, na escala Saffir-Simpson.

Pelas projeções do JTWC, o tufão vai atravessar toda a ilha de Taiwan nos próximos dois dias e os ventos intensos deverão ficar entre 180 km/h a 140 km/h. A tormenta deve sair do norte de Taiwan, ficando sobre o mar no Pacífico asiático somente na próxima sexta-feira.

Trajeto estimado para Krathon nos próximos dias. Crédito: JTWC
Trajeto estimado para Krathon nos próximos dias. Crédito: JTWC

Centenas de pessoas começaram a ser evacuadas
Em Taiwan, as escolas do sul e leste já estão fechadas e mais 800 pessoas foram evacuadas das primeiras áreas de risco, informaram as autoridades.

O Instituto Meteorológico de Taiwan alerta para grandes volumes de chuva, que poderão variar de 200 mm a 400 mm em todo o leste da ilha até quinta-feira.

Krathon já passou pelas Filipinas
Antes de seguir para Taiwan, Krathon já atingiu um grupo remoto de ilhas como Batanes, Ilhas Babuyan e Ilocos Norte nas Filipinas. Os ventos fortes de 170 km/h causaram queda de energia elétrica e interrupções nos serviços de comunicação, segundo informações do serviço meteorológico local. Não houve relato de vítimas até o momento.


rça-feira, 5 nov 2024 - 11h37
Por Maria Clara Machado
 
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Vulcão Lewotobi Laki laki já dava aumento de sinais de erupção explosiva na Indonésia

O monte Lewotobi Laki-laki, na Ilha das Flores, no leste da Indonésia, entrou em erupção explosiva no final do domingo, hora local, lançando colunas de lava, cinzas e rochas vulcânicas, obrigando a evacuação de moradores assustados de sete vilarejos próximos. O vulcão continua em alerta vermelho.

Vulcão Lewotobi Laki-laki em atividade no dia primeiro de novembro já anunciando uma erupção explosiva. Crédito: PVMBG
Vulcão Lewotobi Laki-laki em atividade no dia primeiro de novembro já anunciando uma erupção explosiva. Crédito: PVMBG

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A atividade explosiva do Lewotobi Laki-laki provocou incêndio em casas de madeira ao redor da montanha, que foram atingidas pelas cinzas e por pedras. A camada densa de cinzas também cobriu estradas.

O Centro de Controle de Operações atualizou a situação das vítimas e até o momento são 9 mortos, uma pessoa em estado crítico e 32 feridos com maior gravidade.

A Agência de Desastres da Indonésia (BNPB) expressou condolências pela perda de vidas e ferimentos, durante coletiva de imprensa nesta terça-feira, dia 5.

Imagem do vulcão Lewotobi Laki-laki durante erupção explosiva no dia 3. Crédito: PVMBG
Imagem do vulcão Lewotobi Laki-laki durante erupção explosiva no dia 3. Crédito: PVMBG

Um levantamento preliminar indica que cerca de 10 mil moradores foram afetados pela erupção do vulcão e deverão receber ajuda do governo. A ajuda humanitária com alimentos básicos, kits de higiene, colchões e barracas familiares já estão sendo distribuídos pelas equipes do BNPB.

O aeroporto mais próximo ao monte, localizado na cidade de Maumere, está temporariamente fechado.

Estragos registrados em aldeia próxima ao monte Lewotobi Laki-laki. Casas pegaram fogo e foram atingidas por cinzas vulcânicas. Crédito: BNPB
Estragos registrados em aldeia próxima ao monte Lewotobi Laki-laki. Casas pegaram fogo e foram atingidas por cinzas vulcânicas. Crédito: BNPB

Alerta Vermelho
O Monte Lewotobi Laki-laki continua em alerta vermelho pelo monitoramento do Centro de Vulcanologia e Mitigação de Desastres Geológicos, PVMBG, na Indonésia.

Apesar da atividade do Lewotobi Laki-laki ter diminuído, ainda há alerta para possíveis inundações repentinas de lava pluvial nos rios, que se originam no topo do Monte se ocorrerem chuvas de alta intensidade. A recomendação é que toda a comunidade e turistas não permaneçam ou se aproximem num raio de 7 km do vulcão neste momento.

O status da atividade vulcânica mudou do nível III para IV com aumento na sismicidade vulcânica no domingo. A erupção durou 1.450 segundos, ou 24 minutos.

Observações do período de 23 de outubro a 3 de novembro mostraram um aumento significativo nos sinais de atividade com o lançamento de colunas de cinzas.

Atualmente, a altura média da coluna de erupção é de mil 500 a mil metros do pico e as últimas medições com uso de drone registraram a distância do fluxo de lava a 4300 metros do centro da cratera.

A influência da inclinação e a temperatura ainda elevada da lava ainda permitem que a lava se mova, embora muito lentamente, de acordo com o relatório do PVMGB divulgado nesta terça-feira.



 
egunda-feira, 4 nov 2024 - 10h34
Por Maria Clara Machado
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Chuva forte alaga aeroporto de Barcelona e alerta vermelho é emitido para Catalunha

As chuvas voltaram a se agravar sobre a Espanha e provocam problemas desta vez na Catalunha, no nordeste do país. O Serviço Meteorológico local emitiu alerta vermelho para Barcelona e Tarragona com a piora nas condições do tempo nesta segunda-feira, dia 4.

Aeroporto de Barcelona inundado dia 4 de novembro. Crédito: divulgação via X @DisastersAndI
Aeroporto de Barcelona inundado dia 4 de novembro. Crédito: divulgação via X @DisastersAndI

Acompanhe a tempestade tropical Patty, que está rumo à Portugal

A chuva forte inundou o aeroporto El Prat, em Barcelona, o segundo maior do país, e provocou vários pontos de alagamento na cidade desde cedo. Várias estradas também estão bloqueadas e parte do transporte público suspenso. Dezenas de voos precisaram ser desviados, muitos para Girona, e os passageiros enfrentam o caos.

Terminal 1 do aeroporto El Prat invadido pelas águas esta manhã. Crédito: divulgação via X  @soclataylor
Terminal 1 do aeroporto El Prat invadido pelas
 águas esta manhã. Crédito: divulgação via X @soclataylor

Crédito: divulgação via X @soclataylor
Crédito: divulgação via X @soclataylor

As autoridades informaram que todas as escolas vão permanecer fechadas em Tarragona, no sul da Catalunha, no decorrer do dia.

Chuvas se agravam e provocam alagamentos e inundações em Barcelona nesta segunda-feira. Crédito: divulgação via X @AlRadwan1234
Chuvas se agravam e provocam alagamentos e inundações em Barcelona nesta segunda-feira. Crédito: divulgação via X @AlRadwan1234

Barcelona registra vários alagamentos nesta segunda-feira. Crédito: divulgação via X @AlRadwan1234
Barcelona registra vários alagamentos nesta segunda-feira. Crédito: divulgação via X @AlRadwan1234

Chuvas intensas bloqueiam estradas na Catalunha nesta segunda-feira. Crédito:  divulgação via X @AlRadwan1234
Chuvas intensas bloqueiam estradas na Catalunha nesta segunda-feira. Crédito: divulgação via X @AlRadwan1234

As tempestades da semana passada que castigaram com gravidade a região de Valência, no leste da Espanha, deixaram um rastro de destruição, muitos prejuízos e mais de 200 mortos.

Tanto os trabalhos de limpeza e reconstrução das cidades mais atingidas, quando as buscas ainda por desaparecidos prosseguem na província de Valência neste início de semana.

 

Sexta-feira, 1 nov 2024 - 09h04
Por Maria Clara Machado
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Satélite da NASA compara região de Valência antes e depois das graves inundações

Imagens de satélite compararam a província de Valência, no leste da Espanha, no mês de outubro de 2022 e de 2024, revelando a extensão das inundações sem precedentes, que atingiram a região esta semana.

O evento extremo de clima do dia 29 de outubro de 2024 levou a iundações sem precedentes em Valência. Crédito: NASA
O evento extremo de clima do dia 29 de outubro de 2024 levou a iundações sem precedentes em Valência. Crédito: NASA

As chuvas torrenciais acima dos 300 mm em poucas horas que caíram na província de Valência, na última terça-feira, causaram inundações severas e danos assustadores.

Segundo a última atualização das autoridades, o número de mortos passou de 200 nas cidades do leste e sul da Espanha, que sofreram com as chuvas volumosas, sendo a grande maioria das vítimas da região de Valência.

O rastro de destruição na cidade de Paiporta, em Valência, foi o que mais impressionou com montanhas de carros uns sobre os outros, estradas destruídas e as ruas e casas tomadas por muita lama. Somente em Paiporta foram pelo menos 40 vítimas fatais.

Chuvas volumosas deixaram rastro de destruição na região de Valência. Crédito: divulgação via X @TuiteiroSismico
Chuvas volumosas deixaram rastro de destruição na região de Valência. Crédito: divulgação via X @TuiteiroSismico

A Agência Estatal de Meteorologia da Argentina (AEMET) registrou pontualmente volumes de quase 500 mm em 8 horas na cidade de Chiva, pertencente à província de Valência.

O Lansat8, da NASA, capturou imagens de satélite de Valência em 25 de outubro de 2022 e em 30 de outubro de 2024.

É possível observar em detalhes as inundações generalizadas que cobriram a área urbana e agrícola no interior e ao redor de Valência. As

 águas da enchente carregadas de sedimentos encheram o canal do rio Turia, que deságua no Mar Balear.

Aparecem na imagem também os pântanos costeiros de L'Albufera ao sul da cidade:

Região de Valência, no leste da Espanha, em 30 de outubro de 2024. Crédito: Landsat 8, NASA.
Região de Valência, no leste da Espanha, em 30 de outubro de 2024. Crédito: Landsat 8, NASA.

Região de Valência, no leste da Espanha, em 25 de outubro de 2022. Crédito: Landsat 8, NASA
Região de Valência, no leste da Espanha, em 25 de outubro de 2022. Crédito: Landsat 8, NASA

Um sistema conhecido localmente como DANA foi o responsável pelas grandes tempestades e a temperatura da superfície do Mediterrâneo, quase 2°C acima do normal, pode ter contribuído para agravar o fenômeno.

Entenda o fenômeno DANA
A meteorologia espanhola define o fenômeno como uma Depressão Isolada de Altos Níveis (DANA).

Imagem de satélite mostra as nuvens carregadas formadas pelo sistema DANA sobre o leste da Espanha na terça-feira. Crédito: AEMET
Imagem de satélite mostra as nuvens carregadas formadas pelo sistema DANA sobre o leste da Espanha na terça-feira. Crédito: AEMET

Essa formação vem do choque de uma massa de ar frio, de um sistema de baixa pressão em alta altitude, que encontra o ar quente e úmido do solo, provocando tempestades severas. Esse tipo de tempestade pode permanecer estacionária ampliando seu potencial para ocorrerem inundações.

Os especialistas, entretanto, chamam a atenção que o fenômeno está mais intenso por conta do aquecimento das águas do Mediterrâneo. O evento extremo de clima desta semana foi considerado a pior inundação do século na Espanha.rocure no Painel





08 - 2024












antes
 
 
 
 
 
 
 
 
Quarta-feira, 20 set 2023 - 10h45
Por Maria Clara Machado
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França e Espanha são afetadas por chuvas torrenciais e até tornado é flagrado

O mau tempo com chuvas torrenciais voltou a castigar países da Europa nos últimos dias. Principalmente a França e a Espanha foram afetadas por grandes inundações e danos, incluindo até a formação de um tornado que atingiu casas no departamento de Mayenne.

Tornado é flagrado no departamento de Mayenne, no noroeste da França dia 17 de setembro. Crédito: Divulgação via twitter @meteomayenne
Tornado é flagrado no departamento de Mayenne, no noroeste da França dia 17 de setembro. Crédito: Divulgação via twitter @meteomayenne

Imagens compartilhadas pelas redes sociais mostraram a formação de um tornado, próximo a uma rodovia na comunidade Ernee, no departamento de Mayenne, no noroeste da França. O fenômeno, que foi flagrado no começo da semana, foi confirmado pelo serviço meteorológico francês.

Tornado registrado por motorista no oeste de Mayenne em 17 de setembro de 2023. Crédito: reprodução redes sociais/ via twitter @MeteoExpress
Tornado registrado por motorista no oeste de Mayenne em 17 de setembro de 2023. Crédito: reprodução redes sociais/ via twitter @MeteoExpress

A formação de tornados existe na França e não é tão rara como se possa imaginar sendo vinte a trinta casos do fenômeno por ano, afirmam meteorologistas do país.

Quando um redemoinho se forma a partir de nuvens carregadas e atinge o solo é considerado um tornado, não importando o tamanho e duração do fenômeno.

Os relatos em Ernee foram de que o tornado atingiu o solo por volta das 18 horas, hora local e danificou edificações agrícolas, mas sem deixar vítimas fatais. Uma pessoa foi hospitalizada, depois que a garagem da sua casa foi atingida pelos ventos fortes.

Já no sul da França, as cheias obrigaram o deslocamento de dezenas de moradores por causa de inundações.

Recentes inundações deixaram vítimas na Espanha
Madrid, Toledo e Tarragona também vêm enfrentando graves inundações nas últimas duas semanas, com um saldo de cinco vítimas fatais.

Raio é fotografado durante tempestade em Collado Villalba, região de Madrid, dia 15 de setembro. Crédito: Reprodução/Divulgação via twitter @calorweder /@rober RMCF
Raio é fotografado durante tempestade em Collado Villalba, região de Madrid, dia 15 de setembro. Crédito: Reprodução/Divulgação via twitter @calorweder_/@rober_RMCF

Madrid foi atingida por uma chuva torrencial que gerou centenas de ocorrências na última sexta-feira. O volume e a força da

 água causaram inundações em várias partes da capital e região, afetando estradas, ruas, moradias e até linhas de metrô.

Estação de metrô La Garena, em Madrid, completamente tomada pelas águas da chuva intensa dia 15 de setembro. Crédito: Divulgação via twitter @carlosweder /@viktorskatalite
Estação de metrô La Garena, em Madrid, completamente tomada pelas


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Quinta-feira, 12 set 2019 - 15h23
Por Maria Clara Machado
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iUm verdadeiro dilúvio foi o termo usado para descrever as chuvas torrenciais que atingiram as províncias de Múrcia, Valência e Alicante, no sudeste da Espanha, desde a noite de ontem e madrugada desta quinta-feira.

Inundação em Valência, no sudeste da Espanha, após chuvas torrenciais. Imagem divulgada pelo twitter @HaiCatt
Inundação em Valência, no sudeste da Espanha, após chuvas torrenciais. Imagem divulgada pelo twitter @HaiCatt

Até o momento, as informações divulgadas pela imprensa são de vítimas, inundações, danos materiais e diversos acidentes rodoviários. Um casal de idosos morreu quando o carro em que estavam foi arrastado pela correnteza na província de Albacete.

A quantidade de

 água surpreendeu para um curto período de tempo chegando a quase 360 mm em 24 horas em algumas localidades. O rio Clariano em Valência transbordou, casas foram evacuadas e mais de 300 mil estudantes ficaram sem aula por conta do caos. Os ventos alcançaram 100 km/h.

Veja algumas imagens divulgadas pelo Youtube:

O alerta permanece para tempo chuvoso em toda a região do Mediterrâneo e as ondas podem alcançar 3 metros nas ilhas Ibiza e Formentera.

Probabilidade de chuva sobre a Espanha nesta sexta-feira, de acordo com a Agência Estatal de Meteorologia (AEMET).
Probabilidade de chuva sobre a Espanha nesta sexta-feira, de acordo com a Agência Estatal de Meteorologia (AEMET).

Chuva histórica!
A Agência Estatal de Meteorologia da Espanha classificou essa chuva como histórica. Os dados mostram que em 100 anos só existe um registro de chuva maior do que este evento.

Segundo a AEMET, foi durante a grande inundação de 4 de novembro de 1987, quando choveu 316 mm em Orihuela, também no sudeste da Espanha.

Foram várias estações que registraram volumes de chuva próximos a 300 mm nas últimas 24 horas. O maior volume ocorreu em Beniarrés com 359 mm de chuva, de acordo com a AEMET.








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Sexta-feira, 20 dez 2019 - 10h32
Por Maria Clara Machado
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Elsa continua forte e traz chuvas torrenciais para a Espanha

O Painel Global monitora a depressão Elsa, que nos últimos dias agravou muito as condições do tempo em Portugal. As chuvas fortes e os ventos intensos também chegaram à Espanha ontem à noite e durante a madrugada desta sexta-feira. Quatro pessoas já morreram nos dois países.

Passagem da depressão Elsa provocou inundações em várias cidades da Espanha durante a noite e madrugada. Crédito: Imagem da Cantábria divulgada pelo twitter @MediodiaCOPE
Passagem da depressão Elsa provocou inundações em várias cidades da Espanha durante a noite e madrugada. Crédito: Imagem da Cantábria divulgada pelo twitter @MediodiaCOPE

As chuvas torrenciais com rajadas de vento acima de 100 km/h provocaram diversas inundações, deslizamentos e desabamentos na Espanha. A violência da

 água tomou ruas, estradas e arrastou carros.

Um homem foi soterrado nas montanhas das Astúrias e outro homem morreu quando uma parede desabou em Santiago de Compostela, de acordo com informações divulgadas pela imprensa internacional.

A travessia marítima entre Marrocos e a Espanha, no Estreito de Gibraltar, deve ficar interrompida durante a passagem de Elsa. Quase toda a Espanha foi afetada por enchentes e são pelo menos 28 regiões que permanecem em alerta laranja.

Portugal
O número de ocorrências por causa dos temporais subiu de 360 para mais de 6.200 em todo o centro-norte de Portugal em dois dias, segundo informações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Um homem morreu em uma estrada na região de Setúbal, ao sul de Lisboa, após a queda de uma árvore e outro homem foi vítima do desabamento de uma casa em Viseu, ao norte da capital. Além disso, um homem ainda está desaparecido em Castro Daire, após um deslizamento de terra.

No total são 70 desalojados, quantidade que vem subindo desde a última quarta-feira. A depressão Elsa provocou inundações com transbordamento de rios no norte de Portugal, deslizamentos, inúmeras queda de árvores e de estruturas.

Rio Tâmega subiu mais de três metros em Chaves, no norte de Portugal, após a passagem da depressão Elsa. Crédito: Imagem divulgada pelo twitter SIC Notícias.
Rio Tâmega subiu mais de três metros em Chaves, no norte de Portugal, após a passagem da depressão Elsa. Crédito: Imagem divulgada pelo twitter SIC Notícias.

Fabien está chegando
Nem bem Elsa passou, outra depressão batizada de Fabien é a próxima a afetar Portugal. O país deve continuar recebendo chuvas fortes e muito vento a partir deste sábado, dia 21. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) avisa que as zonas norte e central do país serão novamente as mais afetadas.

Ainda são 12 distritos de Portugal que estão sob alerta laranja, agora principalmente por causa da agitação marítima.