Na terça-feira (16/12) a NASA anunciou que a sonda Curiosity conseguiu
detectar uma fonte que está provocando variações na concentração de
metano na atmosfera do planeta vermelho. O robô fez o experimento
durante um período de 20 meses, nele foi notado que a presença do gás
teve picos sem uma explicação evidente. Em uma rocha próxima, os
equipamentos da sonda também descobriram a presença de moléculas
orgânicas, que são ingredientes básicos para a formação da vida.
De acordo com os cientistas, isso pode ser um indicativo importante
sobre a existência de fontes biológicas no planeta, atualmente ou em um
passado distante. “A primeira confirmação de matéria orgânica em Marte é
uma grande promessa”, diz Roger Summons, cientista envolvido no
projeto.
Aqui na Terra, o gás metano é 90% produzido pelos seres vivos. Porém os
cientistas acreditam que outras explicações são possíveis para o
fenômeno. Por exemplo, alguns minerais podem liberar o metano apenas
entrando em contato com a água. Com relação aos compostos orgânicos,
eles podem ter sido trazidos por meio de meteoritos ou cometas que
caíram em Marte. Javier Martín-Torres, coautor do estudo, diz: “Eu
apostaria numa origem geológica, mas, obviamente, não é uma evidência
científica”.
Os números que foram obtidos pela pesquisa mostram que existe a
possibilidade de "uma fonte adicional de origem desconhecida" produzir
metano no planeta. Para Ricardo Amils, pesquisador espanhol, a
descoberta pode significar muito: “Em minha opinião, estas informações
se encaixam mais com um modelo biológico. A possibilidade de vida em
Marte está sobre a mesa”.
Segundo a NASA, apesar de ainda não serem conclusivas sobre a existência
ou não de micróbios, as descobertas da Curiosity "lançam luz sobre
Marte como um planeta que ainda é quimicamente ativo e apontam para
indícios de condições propícias para a vida naquele ambiente em tempos
remotos”.
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