quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Umbanda 1 continuación

FUNDAMENTOS BÁSICOS.

 Sabemos que a Umbanda possui unidade e diversidade. Na unidade está o básico que faz identificar, ou não, Umbanda; e na diversidade está a liberdade ritual e doutrinária de cada grupo, “umbandas”.

Na unidade está o todo e na diversidade estão as partes. O todo é algo comum a todas as partes.

Quando falamos de UMBANDA (singular e uma), estamos falando do todo; quando falamos em umbandas (múltipla e plural), estamos falando das partes. As partes também têm fundamentos. Em relação ao todo, estes fundamentos são parciais, fundamentos desta ou daquela parte, desta ou daquela umbanda.

“Umbanda é a manifestação do espírito para a pratica da caridade.”
“Aprender com quem sabe mais e ensinar a quem sabe menos, a ninguém virar as costas.”

Parece pouco, mas já é muito. Atendimento caritativo é a base doutrinária da religião, sem nenhuma forma de preconceito com relação às entidades que se manifestam. Quem lançou a pedra fundamental da religião foi um espírito que teve muitas encarnações e, entre elas, foi o Frei Gabriel de Malagrida, que fez a opção de se apresentar como “Caboclo”. Seguido a esta manifestação se apresentou o preto-velho Pai Antônio e ambos chamaram falanges de caboclos e pretos-velhos para trabalhar na Umbanda. Logo, “caboclo” e “preto-velho” são formas de se apresentar escolhidas pelos espíritos que militam na Umbanda. Mais um de seus fundamentos básicos: as entidades se organizam no astral em linhas e falanges identificadas pela forma de apresentação, a qual guarda relação com os Santos, Orixás e forças da natureza.

Quanto ao ritual é bem simples e musicado, na maioria das vezes segue uma sequência que pode variar um pouco, mas que em geral fica nesta ordem: oração, saudação à esquerda, bater cabeça, abrir cortina (quando tiver), defumação, hino da umbanda, abrir a gira, saudação às sete linhas, saudação aos orixás e guias chefes da casa, chamada de orixás ou guias que darão sustentação ao trabalho e chamada da linha de entidades que dará atendimento (passe e consulta); ao final dos atendimentos a subida das entidades, podendo, ou não, ter descarrego dos médiuns com esta ou outra linha que venha para tal atividade.
Na próxima edição vou comentar sobre a relação entre fundamentos de umbanda e questões polêmicas, como sacrifício animal, cobrança de atendimentos, procedimentos afros e outros.
Umbanda não tem verdades inquestionáveis (dogmas) e nem assuntos proibidos ou interditados (tabus).
No entanto para falar de fundamentos é essencial ter conhecimento de causa, conhecer profundamente o assunto e, no caso da Umbanda, conhecer sua história, doutrina, teologia, liturgia, ritualística…
Caso contrário, como diria meu amigo, irmão e mestre, Rubens Saraceni: “tudo permanece no campo de uma ciência cammada ‘achologia’, um campo de incertezas e divagações” 

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